POEMAS OU POESIAS

Já a muito eu venho me sentido sozinho mais sempre fugindo das mulheres que surgiam em minha vida.              

Não sei o porque, só sei que sempre me assustou o pensamento de ter minha vida atrelada a vida de uma outra pessoa e assim meus dias foram se passando e minhas noites se eternizando dentro de momentos vazios, sem palavras, sem ouvintes, esta noite a todas as outras noites seguintes, eu, somente eu , e todos os momentos de um nada que refrete como um enorme peso sobre os meus olhos já cansados de tanto olhar pros lados, como se procurasse por alguém.

O amor e uma soma de muitos bons momentos, entre olhares,caricias e entendimentos, que leva a certeza do sentimento, que jamais tocou em mim.
Sempre fui assim, escorregadio se tratando de relacionamentos com compromisso, passei toda a minha juventude fugindo dos olhares de mulheres, olhares que demonstravam algum sentimento que poderia a vir me levar a um compromisso.

Sempre tive pavor a compromissos que me levariam a ter que dividir minha vida, meu espaço.
 Todos os meus melhores momentos, foram os sem compromissos, porem todos eles foram como vento, me sacudiram na que lês poucos momentos, se foram e nada deixaram, sem nenhuma recordação,pois no passado o desejo de novos contatos, conhecer outras mulheres, sentir sobre mim novos olhares, mais hoje neste exato momento, depois de ter vivido tantas aventuras, perdido tantas oportunidades de ter construído uma família nesta minha vida, eu me sinto dentro de um vazio imenso, como se estivesse dentro de um buraco profundo, sem forças pra sair, arrependido de tudo.

Já não tenho a mocidade, envelheci junto a covardia, carregando dentro dos meus longos dias, todas as minhas noites vazias, pois a vida e assim, nos da toda a liberdade na mocidade e nos tira toda ele na velhice.
Não soube construir meu caminho, não deixei marcas por onde passei, nada, nada que contribua com meu presente, todos os meus momentos vividos ficaram perdidos dentro de vagos acontecimentos sem sentimentos, puros momentos de prazer, que neste meus reais momentos só me levam a sofrer.

Hoje nada tenho dentro de mim, ate o espírito aventureiro que sempre dominou meus momentos, me deixou ao relento, se foi, se apagou.

Hoje tenho medo, sinto medo da solidão, pois ela em mim e minha prisão, minha condenação, minha pena decretada pela vida que levei, pelo desprezo que aparentei sentir, pelo sentimento amor, por não dar ao meu coração uma única oportunidade si quer de se envolver no amor, por permitir a minha mente viver covardemente a fugir do amor, choro hoje meus atuais momentos, num choro carregado no arrependimento, por saber com toda a certeza o quanto covarde fui eu. ....... 
Jorge Soares 


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